Pinus Sylvestris #1
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Rui Fernandes
David Carvalho
Gabriel Abreu
Fernando Bernardino
Nuno Encarnação
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Pinus Sylvestris #1
Em jeito de provocação, coloco aqui um tópico sobre o meu primeiro pinheiro que me veio parar às mãos e com o qual tenho aprendido bastante sobre as técnicas a aplicar com este tipo de bonsai.
Re: Pinus Sylvestris #1
Seu Provocador!!!!
Mostra lá o que vem a seguir, ou isso é só pra fazer crescer "auguinha" na boca,
Mostra lá o que vem a seguir, ou isso é só pra fazer crescer "auguinha" na boca,
Fernando Bernardino- Mensagens : 147
Data de inscrição : 03/10/2010
Re: Pinus Sylvestris #1
Bem, parece que só o Fernando é que mordeu o anzol.
Este pinheiro foi-me oferecido pela colega do CBA Tita em 2008, no dia em que foi feita uma reunião em Albufeira entre os clubes de bonsai para ajustes nos estatutos do que seria a futura Federação Portuguesa de Bonsai. Na altura teria 2 anos, pelas minhas contas e, com toda a sinceridade, ainda não era nada a não ser um aspirante a projecto de bonsai.
Mas sempre tinha tido um fascínio pelos pinheiros, embora tivesse algum receio de lhes pegar porque tinha a noção de que eram árvores bastante exigentes e com cuidados diferentes das restantes. Assim, com este pinus sylvestris que me foi oferecido pude partir um pouco à descoberta do pinheiro e aprender o suficiente para depois investir com mais qualidade.
Esta planta tem-me recompensado bastante em termos de desenvolvimento e apresenta grande vigor no crescimento. Foi transplantado para um vaso de treino em Março de 2009 e passado para um substrato à base de akadama, leca, kyriu e pedrisco (uma grande salganhada, eu sei, mas a akadama e o kyriu que tinha na altura não eram suficientes para o vaso e tive de compensar o resto com a leca e o pedrisco). Nesse ano, não sofreu quaisquer intervenções a não ser a selecção de brotos no Inverno. Em 2010, também desenvolveu bem e optei por não lhe fazer metsumi nem mekiri porque me interessava que crescesse com vigor para engrossar mais um pouco. Nesta imagem de Maio de 2010, pode ver-se a diferença relativamente à primeira imagem em termos de desenvolvimento. Brotou com força por todo o lado e lançou inclusivamente agulhas em zonas mais fracas, o que é indicativo de boa saúde da planta.
Em Setembro, na aula do Curso Bonsai com o Rui Ferreira, fizemos o corte de agulhas e uma selecção de ramos, tendo sido podado o topo e dado algum movimento aos 2 ramos principais através da colocação de ráfia e arame. Não tenho as imagens agora disponíveis mas depois logo actualizo com imagens mais actuais.
Este pinheiro foi-me oferecido pela colega do CBA Tita em 2008, no dia em que foi feita uma reunião em Albufeira entre os clubes de bonsai para ajustes nos estatutos do que seria a futura Federação Portuguesa de Bonsai. Na altura teria 2 anos, pelas minhas contas e, com toda a sinceridade, ainda não era nada a não ser um aspirante a projecto de bonsai.
Mas sempre tinha tido um fascínio pelos pinheiros, embora tivesse algum receio de lhes pegar porque tinha a noção de que eram árvores bastante exigentes e com cuidados diferentes das restantes. Assim, com este pinus sylvestris que me foi oferecido pude partir um pouco à descoberta do pinheiro e aprender o suficiente para depois investir com mais qualidade.
Esta planta tem-me recompensado bastante em termos de desenvolvimento e apresenta grande vigor no crescimento. Foi transplantado para um vaso de treino em Março de 2009 e passado para um substrato à base de akadama, leca, kyriu e pedrisco (uma grande salganhada, eu sei, mas a akadama e o kyriu que tinha na altura não eram suficientes para o vaso e tive de compensar o resto com a leca e o pedrisco). Nesse ano, não sofreu quaisquer intervenções a não ser a selecção de brotos no Inverno. Em 2010, também desenvolveu bem e optei por não lhe fazer metsumi nem mekiri porque me interessava que crescesse com vigor para engrossar mais um pouco. Nesta imagem de Maio de 2010, pode ver-se a diferença relativamente à primeira imagem em termos de desenvolvimento. Brotou com força por todo o lado e lançou inclusivamente agulhas em zonas mais fracas, o que é indicativo de boa saúde da planta.
Em Setembro, na aula do Curso Bonsai com o Rui Ferreira, fizemos o corte de agulhas e uma selecção de ramos, tendo sido podado o topo e dado algum movimento aos 2 ramos principais através da colocação de ráfia e arame. Não tenho as imagens agora disponíveis mas depois logo actualizo com imagens mais actuais.
Re: Pinus Sylvestris #1
Boas!
Sem dúvida que evoluiu bastante nos dois anos de intervalo das fotos! É um projeto que acompanharei com muito interesse pois desconheço ainda muito acerca do cultivo e modelação dos pinus!
Vai postando atualizações!
Sem dúvida que evoluiu bastante nos dois anos de intervalo das fotos! É um projeto que acompanharei com muito interesse pois desconheço ainda muito acerca do cultivo e modelação dos pinus!
Vai postando atualizações!
Re: Pinus Sylvestris #1
Aqui estão umas imagens actuais deste pinus. Com falei atrás, em Setembro levei-o à aula do Rui Ferreira e foi feito o corte das agulhas velhas, foi podado o topo, fez-se uma selecção de ramos e aramou-se a estrutura principal. Não deu tempo para trabalhar o resto da árvore porque tinha levado outra em que trabalhei inicialmente, mas ficou a repousar para futura nova aramação da ramificação secundária.
E a verdade é que a resposta da árvore ao nível do backbudding foi fantástica! Com a limpeza das agulhas e a poda efectuada, houve imensos brotos latentes que acordaram e estão a desenvolver-se. Não foi aplicado nenhum mekiri, portanto foi a boa saúde e a força da planta que promoveram esta rebentação. Isto apenas comprova que se as intervenções com os pinheiros forem realizadas na altura certa, a resposta surge de um modo que até surpreende.
Uma das coisas que também está a desenvolver bem é o nebari. Nesta foto não dá para ver muito bem por causa da rede, mas a base tem vindo a alargar consideravelmente, criando um nebari bastante interessante.
Agora vai voltar à aula com o Rui Ferreira para ser feita a estilização final para definir a estrutura base. Na próxima época de transplantes, vou pô-lo num vaso mais adequado, mais pequeno e se calhar com alguma textura para realçar a futura casca.
E a verdade é que a resposta da árvore ao nível do backbudding foi fantástica! Com a limpeza das agulhas e a poda efectuada, houve imensos brotos latentes que acordaram e estão a desenvolver-se. Não foi aplicado nenhum mekiri, portanto foi a boa saúde e a força da planta que promoveram esta rebentação. Isto apenas comprova que se as intervenções com os pinheiros forem realizadas na altura certa, a resposta surge de um modo que até surpreende.
Uma das coisas que também está a desenvolver bem é o nebari. Nesta foto não dá para ver muito bem por causa da rede, mas a base tem vindo a alargar consideravelmente, criando um nebari bastante interessante.
Agora vai voltar à aula com o Rui Ferreira para ser feita a estilização final para definir a estrutura base. Na próxima época de transplantes, vou pô-lo num vaso mais adequado, mais pequeno e se calhar com alguma textura para realçar a futura casca.
Pinus
Olá Nuno,
Olhando o teu Pinus, onde a única parte que não compreendi foi a maneira de iniciares o tópico em jeito de provocação, fico com a ideia que tens aqui uma excelente oportunidade para fazeres algo ao "estilo Taisho-En" e num espaço de 6 a 7 anos teres um exemplar muito interessante, pois parece-me que a árvore ainda se encontra num estágio muito inicial. Mas devido às opções que estás a tomar fico com a sensação que não tens isso em ideia, ou estarei errado?
Boa continuação de projecto
Abraço,
Olhando o teu Pinus, onde a única parte que não compreendi foi a maneira de iniciares o tópico em jeito de provocação, fico com a ideia que tens aqui uma excelente oportunidade para fazeres algo ao "estilo Taisho-En" e num espaço de 6 a 7 anos teres um exemplar muito interessante, pois parece-me que a árvore ainda se encontra num estágio muito inicial. Mas devido às opções que estás a tomar fico com a sensação que não tens isso em ideia, ou estarei errado?
Boa continuação de projecto
Abraço,
Re: Pinus Sylvestris #1
Viva David,
A provocação passou apenas pela questão de apresentar uma imagem muito inicial do pinus, em que este não apresentava qualquer tipo de potencial bonsaístico e poderia ser facilmente descartado enquanto projecto de bonsai. Às vezes os "paus-num-vaso" (e na realidade era o que este pinus valia no início) podem evoluir e apresentar um caminho próprio vindo a ter algum interesse bonsaístico, embora saibamos claramente que se pegarmos numa planta já com características excepcionais (como algumas das tuas árvores, ) maior a probabilidade de criarmos um bonsai de qualidade superior. No entanto, tenho verificado que neste fórum essas opiniões têm mudado, principalmente pelas contribuições do Pedro Almeida que, inspirado pela experiência em Taisho-en, tem investido nestes projectos de estaca ou semente. Também já vi no teu blog que há foste contagiado por essa febre.
Em relação ao pinus, tenho vindo a trabalhar por etapas e, sinceramente, até há algum tempo não sabia bem para onde ir. Levei-o à aula com o Rui Ferreira na esperança de começar a iniciar o seu caminho, embora não tenha havido ainda muito tempo efectivo de trabalho, e acho que pode evoluir a partir daqui.
Para mim, o valor real deste pinus tem sido o modo como tem evoluído do ponto de vista do cultivo e a resposta que tem apresentado a todas as intervenções que foram feitas. O valor estético, como dizes, é algo que ainda tem tempo para se desenvolver, até porque há determinadas características de maturidade que ainda tem de ganhar, como a formação da casca, que só com algum tempo é que irão estar credíveis..
Quando dizes um projecto ao estilo de Taisho-en, o que queres dizer? Para onde achas que poderia ir? Estou aberto a todas as opções e opiniões que me possas dar.
Abraço,
Nuno
A provocação passou apenas pela questão de apresentar uma imagem muito inicial do pinus, em que este não apresentava qualquer tipo de potencial bonsaístico e poderia ser facilmente descartado enquanto projecto de bonsai. Às vezes os "paus-num-vaso" (e na realidade era o que este pinus valia no início) podem evoluir e apresentar um caminho próprio vindo a ter algum interesse bonsaístico, embora saibamos claramente que se pegarmos numa planta já com características excepcionais (como algumas das tuas árvores, ) maior a probabilidade de criarmos um bonsai de qualidade superior. No entanto, tenho verificado que neste fórum essas opiniões têm mudado, principalmente pelas contribuições do Pedro Almeida que, inspirado pela experiência em Taisho-en, tem investido nestes projectos de estaca ou semente. Também já vi no teu blog que há foste contagiado por essa febre.
Em relação ao pinus, tenho vindo a trabalhar por etapas e, sinceramente, até há algum tempo não sabia bem para onde ir. Levei-o à aula com o Rui Ferreira na esperança de começar a iniciar o seu caminho, embora não tenha havido ainda muito tempo efectivo de trabalho, e acho que pode evoluir a partir daqui.
Para mim, o valor real deste pinus tem sido o modo como tem evoluído do ponto de vista do cultivo e a resposta que tem apresentado a todas as intervenções que foram feitas. O valor estético, como dizes, é algo que ainda tem tempo para se desenvolver, até porque há determinadas características de maturidade que ainda tem de ganhar, como a formação da casca, que só com algum tempo é que irão estar credíveis..
Quando dizes um projecto ao estilo de Taisho-en, o que queres dizer? Para onde achas que poderia ir? Estou aberto a todas as opções e opiniões que me possas dar.
Abraço,
Nuno
Pinus
Olá Nuno,
Eu pessoalmente acredito que existem muitos caminhos para gerar material, seja de estaca, semente até Yamadori considero tudo válido e na minha colecção faço questão de ir acrescentando cada vez mais estacaria e material nascido de semente, pois trabalhado da forma certa pode garantir material de excelente qualidade no futuro, agora é preciso ter atenção pois para material de estaca ou semente se tornar em material de qualidade e ultrapassar o "estágio" de um pau num vaso envolve muito muito muito trabalho.
Quando digo ao estilo de Taisho-En falo principalmente dos métodos e técnicas utilizados por Urushibata, para num espaço relativamente curto (6 a 12 anos) conseguir ter material Shohin World Class, sinceramente não sei se o teu pinheiro já ultrapassou o estágio em que possa receber todas as técnicas que ele utiliza em Taisho-En, mas acredito que com trabalho e dedicação possas conseguir "dar a volta ao texto".
Quando te questiono sobre a tua ideia para este Pinus, é porque no estágio em que ele se encontra coloca-lo num vaso já final e tentar modela-lo não me parece o caminho certo ou pelo menos não vai de encontro ao "estilo Taisho-En", nesta fase deverias pensar realmente em dar-lhe forma no tronco principal, criares um ramo de sacrificio e coloca-lo num escorredor, pois se o vais colocar já num vaso final limitando o seu desenvolvimento e fazer-lhe o desenho final, daqui a 6 anos vais ter mais ou menos a mesma coisa que tens agora...
Mas eu sou o perfeito amador tenho lido sobre o tema, mas estou no inicio do processo, acredito que o Pedro Almeida tem muito mais conhecimento sobre o tema e poderá ajudar-te ou pelo menos aconselhar-te melhor que eu
Abraço,
Eu pessoalmente acredito que existem muitos caminhos para gerar material, seja de estaca, semente até Yamadori considero tudo válido e na minha colecção faço questão de ir acrescentando cada vez mais estacaria e material nascido de semente, pois trabalhado da forma certa pode garantir material de excelente qualidade no futuro, agora é preciso ter atenção pois para material de estaca ou semente se tornar em material de qualidade e ultrapassar o "estágio" de um pau num vaso envolve muito muito muito trabalho.
Quando digo ao estilo de Taisho-En falo principalmente dos métodos e técnicas utilizados por Urushibata, para num espaço relativamente curto (6 a 12 anos) conseguir ter material Shohin World Class, sinceramente não sei se o teu pinheiro já ultrapassou o estágio em que possa receber todas as técnicas que ele utiliza em Taisho-En, mas acredito que com trabalho e dedicação possas conseguir "dar a volta ao texto".
Quando te questiono sobre a tua ideia para este Pinus, é porque no estágio em que ele se encontra coloca-lo num vaso já final e tentar modela-lo não me parece o caminho certo ou pelo menos não vai de encontro ao "estilo Taisho-En", nesta fase deverias pensar realmente em dar-lhe forma no tronco principal, criares um ramo de sacrificio e coloca-lo num escorredor, pois se o vais colocar já num vaso final limitando o seu desenvolvimento e fazer-lhe o desenho final, daqui a 6 anos vais ter mais ou menos a mesma coisa que tens agora...
Mas eu sou o perfeito amador tenho lido sobre o tema, mas estou no inicio do processo, acredito que o Pedro Almeida tem muito mais conhecimento sobre o tema e poderá ajudar-te ou pelo menos aconselhar-te melhor que eu
Abraço,
Re: Pinus Sylvestris #1
Ok! Já entendi!
Pois, para dar a forma ao tronco, neste momento já é um pouco mais complicado porque já tem um calibre que necessitava algo mais do que só arame e rafia. Mas a utilização de ramos de sacrifício para o desenvolvimento é algo que tenho estado a fazer. Aliás, todo o topo que foi cortado funcionou até agora como um ramo de sacrifício. Em relação ao vaso, se calhar até tens razão de estar a precipitar-me em colocá-lo já num vaso mais definitivo, mas até lá tenho muito tempo para planear os próximos passos e possivelmente a colocação num escorredor pode ser uma opção válida a considerar. O vaso actual é grande para a planta, mas tem ajudado a desenvolver e a engordar, como é visível nas imagens. O escorredor pode complementar nesse sentido. Às vezes podemos nos precipitar na colocação em vaso de bonsai e queimar algumas etapas importantes no desenvolvimento.
Tenho aqui uns outros projectos de semente que vão passar por essa fase do escorredor e aos quais estou a pensar em aplicar técnicas como aquelas que referes. Vamos ver como estarão daqui a alguns anos.
Abraço,
Pois, para dar a forma ao tronco, neste momento já é um pouco mais complicado porque já tem um calibre que necessitava algo mais do que só arame e rafia. Mas a utilização de ramos de sacrifício para o desenvolvimento é algo que tenho estado a fazer. Aliás, todo o topo que foi cortado funcionou até agora como um ramo de sacrifício. Em relação ao vaso, se calhar até tens razão de estar a precipitar-me em colocá-lo já num vaso mais definitivo, mas até lá tenho muito tempo para planear os próximos passos e possivelmente a colocação num escorredor pode ser uma opção válida a considerar. O vaso actual é grande para a planta, mas tem ajudado a desenvolver e a engordar, como é visível nas imagens. O escorredor pode complementar nesse sentido. Às vezes podemos nos precipitar na colocação em vaso de bonsai e queimar algumas etapas importantes no desenvolvimento.
Tenho aqui uns outros projectos de semente que vão passar por essa fase do escorredor e aos quais estou a pensar em aplicar técnicas como aquelas que referes. Vamos ver como estarão daqui a alguns anos.
Abraço,
Re: Pinus Sylvestris #1
Olá Nuno e David.
Ao ler os vossos comentários apercebi-me que talvez exista alguma confusão no que toca a alguns aspectos.
O primeiro tem a ver com o assunto das estacas e paus. O assunto já é velho e mais uma vez volto a explicar qual é o problema com esse material e o porquê de não pretendermos um forum repleto de "paus". A questão prende-se com a evolução do material. Este é um exemplo perfeito. Uma árvore que, penso que todos concordamos, não apresenta grande potencial à partida. Mas com o tempo o Nuno tem testado uma ou várias técnicas e é isso que nos relata. Ou seja, podemos retirar algo da experiência. Sabemos que muitas vezes não é isto que aparece. São estacas onde nos perguntam como fazer daquilo um Bonsai e depois nunca mais é actualizada. É isso que este fórum pretende eliminar. Até ao momento penso que, grosso modo, temos conseguido.
Nuno. O Pedro já produz material de estaca e semente muito antes da experiência em Taisho-en. Posso até acrescentar que o gosto foi-me passado e também eu produzo material de estaca e semente em quantidade até antes da ida dele ao Japão. É algo que iremos concerteza abordar no futuro neste fórum, provavelmente quando esse material mostrar algo mais. Quanto à tua afirmação que as opiniões têm mudado é uma falsa questão. Elas mantêm-se de acordo com o que referi no ínicio desta conversa, desde que se enquadrem nos moldes que referi anteriormente.
Concordo com o David quando ele refere que esta árvore já terá passado pela fase apropriada para aplicar as técnicas de Taisho-en (não sei se serão exclusivas de lá) pelo simples facto de estas serem aplicadas logo nas primeiras semanas de vida. Aí começa-se logo a trabalhar o nebari e passado pouco tempo mais são aramados. Por isso esta árvore já passou essa fase de certeza. Não quer dizer, no entanto, que não possa evoluir por outro caminho. Eu fico curioso para ver onde o Nuno levará esta árvore.
Abraço
Ao ler os vossos comentários apercebi-me que talvez exista alguma confusão no que toca a alguns aspectos.
O primeiro tem a ver com o assunto das estacas e paus. O assunto já é velho e mais uma vez volto a explicar qual é o problema com esse material e o porquê de não pretendermos um forum repleto de "paus". A questão prende-se com a evolução do material. Este é um exemplo perfeito. Uma árvore que, penso que todos concordamos, não apresenta grande potencial à partida. Mas com o tempo o Nuno tem testado uma ou várias técnicas e é isso que nos relata. Ou seja, podemos retirar algo da experiência. Sabemos que muitas vezes não é isto que aparece. São estacas onde nos perguntam como fazer daquilo um Bonsai e depois nunca mais é actualizada. É isso que este fórum pretende eliminar. Até ao momento penso que, grosso modo, temos conseguido.
No entanto, tenho verificado que neste fórum essas opiniões têm mudado, principalmente pelas contribuições do Pedro Almeida que, inspirado pela experiência em Taisho-en, tem investido nestes projectos de estaca ou semente. Também já vi no teu blog que há foste contagiado por essa febre.
Nuno. O Pedro já produz material de estaca e semente muito antes da experiência em Taisho-en. Posso até acrescentar que o gosto foi-me passado e também eu produzo material de estaca e semente em quantidade até antes da ida dele ao Japão. É algo que iremos concerteza abordar no futuro neste fórum, provavelmente quando esse material mostrar algo mais. Quanto à tua afirmação que as opiniões têm mudado é uma falsa questão. Elas mantêm-se de acordo com o que referi no ínicio desta conversa, desde que se enquadrem nos moldes que referi anteriormente.
Concordo com o David quando ele refere que esta árvore já terá passado pela fase apropriada para aplicar as técnicas de Taisho-en (não sei se serão exclusivas de lá) pelo simples facto de estas serem aplicadas logo nas primeiras semanas de vida. Aí começa-se logo a trabalhar o nebari e passado pouco tempo mais são aramados. Por isso esta árvore já passou essa fase de certeza. Não quer dizer, no entanto, que não possa evoluir por outro caminho. Eu fico curioso para ver onde o Nuno levará esta árvore.
Abraço
Rui Fernandes- Mensagens : 296
Data de inscrição : 26/10/2009
Re: Pinus Sylvestris #1
Viva Rui,
A "provocação" que fiz no início foi exactamente para suscitar este tipo de discussão e a tua contribuição foi muito importante.
Eu penso que a origem do material não é o mais importante, mas sim o que se faz com ele. Eu posso apresentar um super tarolo de yamadori, com uma bruta madeira morta e uma casca impressionante apanhado há um mês e, um ano depois, esse tarolo estar encostado à pilha de madeira para a lareira por não lhe ter conseguido dar os cuidados necessários, ou então estar todo ramificado, mas apenas com guias de grossura mínima que apresentam um ramalhete bonito, mas que em termos de estrutura e organização da ramificação estão péssimos.
Eu já ouvi muita coisa por aí em vários fóruns e às vezes penso que não se respeita muito o material, tanto da parte de quem apresenta como da parte de quem às vezes comenta. Às vezes é preciso pensar que há lugar para tudo numa colecção. Aliás, tanto tu como o David disseram que têm muitos projectos de semente e estaca e há muito pessoal que faz o mesmo por aqui. Por vezes, existe uma fixação pelo yamadori em que parece que essa é a única fonte de material de qualidade para bonsai, mas a verdade é que existem outras possibilidades de desenvolvimento e qualquer delas é tão ou mais exigente do ponto de vista dos cuidados e planeamento das intervenções como o yamadori.
É interessante ver o percurso que muitos fazemos no bonsai. Começa-se no início com uma pica brutal em que tudo o que se arranja e apanha é para fazer um bonsai. Normalmente também se fazem as primeiras estacas ou as primeiras sementeiras nesta altura. Depois, numa fase posterior, o que interessa são os yamadori, vamos encher a casa de tarolos que isso é que é bonsai de qualidade, e vamos oferecer ou enterrar ou mesmo jogar fora os pauzinhos que tinhamos arranjado antes. Posteriormente, numa fase de maior maturidade, volta-se a arranjar algumas estacas e a fazer algumas sementeiras.
Já ouvi pessoal conhecido aí na praça a dizer numa altura que não perdiam tempo com coisas pequenas, que só queriam tarolos, e meses depois virem falar que estavam a começar a fazer bonsai de semente. Não me esqueço igualmente de uma afirmação do Walter Pall de que não se fazia bonsai a partir de semente, que isso não valia a pena porque não iria ser nada de jeito no tempo de vida de uma pessoa.
Mas depois vemos uma planta criada a partir de semente por um mestre como o Urushibata, e que bons exemplos o Pedro Almeida e o João Pires têm mostrado, e ficamos maravilhados com essas pequenas obras-primas. E sabemos que é possível criar coisas de qualidade de raíz!
É engraçado que, inicialmente quem começa a fazer bonsai tem mais tendência para querer começar a criar bonsai de semente raíz (seja semente ou estaca ou material muito jovem), mas para mim é quando temos maior experiência que estamos preparados para começar a fazer este tipo de projectos. Ou seja, é preciso tempo de maturação, conhecimento acumulado, noções de estética bem consolidadas, um bom controlo do cultivo, para se planear um conjunto de intervenções que irão levar uma semente a um bonsai constituído daqui a uns anos.
Pegando no exemplo do meu pinheiro, que é o tópico de que estamos a falar. Quando me foi oferecido, não tinha experiência nenhuma com pinheiros e para ser sincero, a minha experiência de cutlivo também era reduzida. Daí que não tenha feito grandes intervenções e me tenha preocupado mais em aprender alguns processos do cultivo de pinheiros. Como o Rui disse, naquela altura seria mais apropriado para realizar essas intervenções à Taisho-en e assim definir a linha da planta logo desde início, mas a verdade é que o meu conhecimento e a minha experiência não davam para tanto. Neste momento, embora ainda seja um pinheiro jovem, já há coisas que não dá para fazer, daí que as intervenções serão outras para criar qualquer coisa possa ser considerada como um bonsai. Com os projectos futuros dentro da mesma linha, já terei outras intervenções programadas e penso que conseguirei um planeamento mais eficaz para desenvolver pinheiritos porreiros no futuro.
O texto já vai longo e não quero me esticar mais, mas queria dizer apenas que isto não é uma crítica a quem faz yamadori ou a que trabalha com outro tipo de material e nem estou a dizer que agora toda a gente devia passar a fazer bonsai só de semente e estaca. A única coisa que queria dizer é que há lugar para tudo numa colecção e é da experiência com esses diferentes tipos de materiais que acabam por exigir de nós coisas diferentes que vamos evoluindo e andando em frente nesta arte. Isto é uma pescadinha de rabo-na-boca, pois acabamos sempre a falar das mesmas coisas, pois penso que o que eu disse não é diferente do que o Rui Marques pensa e do que o David pensa e do que muita gente que por aqui andam também pensam.
Abraço,
A "provocação" que fiz no início foi exactamente para suscitar este tipo de discussão e a tua contribuição foi muito importante.
Eu penso que a origem do material não é o mais importante, mas sim o que se faz com ele. Eu posso apresentar um super tarolo de yamadori, com uma bruta madeira morta e uma casca impressionante apanhado há um mês e, um ano depois, esse tarolo estar encostado à pilha de madeira para a lareira por não lhe ter conseguido dar os cuidados necessários, ou então estar todo ramificado, mas apenas com guias de grossura mínima que apresentam um ramalhete bonito, mas que em termos de estrutura e organização da ramificação estão péssimos.
Eu já ouvi muita coisa por aí em vários fóruns e às vezes penso que não se respeita muito o material, tanto da parte de quem apresenta como da parte de quem às vezes comenta. Às vezes é preciso pensar que há lugar para tudo numa colecção. Aliás, tanto tu como o David disseram que têm muitos projectos de semente e estaca e há muito pessoal que faz o mesmo por aqui. Por vezes, existe uma fixação pelo yamadori em que parece que essa é a única fonte de material de qualidade para bonsai, mas a verdade é que existem outras possibilidades de desenvolvimento e qualquer delas é tão ou mais exigente do ponto de vista dos cuidados e planeamento das intervenções como o yamadori.
É interessante ver o percurso que muitos fazemos no bonsai. Começa-se no início com uma pica brutal em que tudo o que se arranja e apanha é para fazer um bonsai. Normalmente também se fazem as primeiras estacas ou as primeiras sementeiras nesta altura. Depois, numa fase posterior, o que interessa são os yamadori, vamos encher a casa de tarolos que isso é que é bonsai de qualidade, e vamos oferecer ou enterrar ou mesmo jogar fora os pauzinhos que tinhamos arranjado antes. Posteriormente, numa fase de maior maturidade, volta-se a arranjar algumas estacas e a fazer algumas sementeiras.
Já ouvi pessoal conhecido aí na praça a dizer numa altura que não perdiam tempo com coisas pequenas, que só queriam tarolos, e meses depois virem falar que estavam a começar a fazer bonsai de semente. Não me esqueço igualmente de uma afirmação do Walter Pall de que não se fazia bonsai a partir de semente, que isso não valia a pena porque não iria ser nada de jeito no tempo de vida de uma pessoa.
Mas depois vemos uma planta criada a partir de semente por um mestre como o Urushibata, e que bons exemplos o Pedro Almeida e o João Pires têm mostrado, e ficamos maravilhados com essas pequenas obras-primas. E sabemos que é possível criar coisas de qualidade de raíz!
É engraçado que, inicialmente quem começa a fazer bonsai tem mais tendência para querer começar a criar bonsai de semente raíz (seja semente ou estaca ou material muito jovem), mas para mim é quando temos maior experiência que estamos preparados para começar a fazer este tipo de projectos. Ou seja, é preciso tempo de maturação, conhecimento acumulado, noções de estética bem consolidadas, um bom controlo do cultivo, para se planear um conjunto de intervenções que irão levar uma semente a um bonsai constituído daqui a uns anos.
Pegando no exemplo do meu pinheiro, que é o tópico de que estamos a falar. Quando me foi oferecido, não tinha experiência nenhuma com pinheiros e para ser sincero, a minha experiência de cutlivo também era reduzida. Daí que não tenha feito grandes intervenções e me tenha preocupado mais em aprender alguns processos do cultivo de pinheiros. Como o Rui disse, naquela altura seria mais apropriado para realizar essas intervenções à Taisho-en e assim definir a linha da planta logo desde início, mas a verdade é que o meu conhecimento e a minha experiência não davam para tanto. Neste momento, embora ainda seja um pinheiro jovem, já há coisas que não dá para fazer, daí que as intervenções serão outras para criar qualquer coisa possa ser considerada como um bonsai. Com os projectos futuros dentro da mesma linha, já terei outras intervenções programadas e penso que conseguirei um planeamento mais eficaz para desenvolver pinheiritos porreiros no futuro.
O texto já vai longo e não quero me esticar mais, mas queria dizer apenas que isto não é uma crítica a quem faz yamadori ou a que trabalha com outro tipo de material e nem estou a dizer que agora toda a gente devia passar a fazer bonsai só de semente e estaca. A única coisa que queria dizer é que há lugar para tudo numa colecção e é da experiência com esses diferentes tipos de materiais que acabam por exigir de nós coisas diferentes que vamos evoluindo e andando em frente nesta arte. Isto é uma pescadinha de rabo-na-boca, pois acabamos sempre a falar das mesmas coisas, pois penso que o que eu disse não é diferente do que o Rui Marques pensa e do que o David pensa e do que muita gente que por aqui andam também pensam.
Abraço,
Re: Pinus Sylvestris #1
A única coisa que queria dizer é que há lugar para tudo numa colecção e é da experiência com esses diferentes tipos de materiais que acabam por exigir de nós coisas diferentes que vamos evoluindo e andando em frente nesta arte. Isto é uma pescadinha de rabo-na-boca, pois acabamos sempre a falar das mesmas coisas, pois penso que o que eu disse não é diferente do que o Rui Marques pensa e do que o David pensa e do que muita gente que por aqui andam também pensam."
Olá Nuno.
Nem mais. Concordo em absoluto.
Abraço,
Rui Fernandes- Mensagens : 296
Data de inscrição : 26/10/2009
Re: Pinus Sylvestris #1
Desculpa, Rui!
Chamei-te Rui Marques em vez de Fernandes.
Mas o que interessa é que a mensagem passou.
Abraço,
Chamei-te Rui Marques em vez de Fernandes.
Mas o que interessa é que a mensagem passou.
Abraço,
Re: Pinus Sylvestris #1
Viva Nuno!
Conforme já tinha dito, estes projectos têm muito para nos ensinar! Eu acho que vais vem lançado e a árvore também!
O Luis Vila, dizia há uns meses, que por vezes é mais fácil começar um pinus de pequeno do que corrigir um de Yamadori dos seus inumeros defeitos!
Sobretudo na vertente Shohin, deverão ser mais usadas estas técnicas!
Conforme já tinha dito, estes projectos têm muito para nos ensinar! Eu acho que vais vem lançado e a árvore também!
O Luis Vila, dizia há uns meses, que por vezes é mais fácil começar um pinus de pequeno do que corrigir um de Yamadori dos seus inumeros defeitos!
Sobretudo na vertente Shohin, deverão ser mais usadas estas técnicas!
Re: Pinus Sylvestris #1
Viva Mário!
Ainda bem que estás de volta!
Esta plantinha ainda tem muito para andar, mas tem-me recompensado o tempo empregue a cuidar dela.
Vou levá-la ao Rui neste fim-de-semana e depois logo actualizo como tiver ficado.
Abraço,
Ainda bem que estás de volta!
Esta plantinha ainda tem muito para andar, mas tem-me recompensado o tempo empregue a cuidar dela.
Vou levá-la ao Rui neste fim-de-semana e depois logo actualizo como tiver ficado.
Abraço,
Re: Pinus Sylvestris #1
Viva!
A propósito das técnicas de Taisho-en (que afinal não são exclusivas de lá) que foram referidas no início deste tópico encontrei um post muito interessante no Bonsaisur sobre o tema.
Espero que o Nuno não leve a mal usar o seu tópico para acrescentar esta peça ao puzzle.
Aqui fica o link:
http://bonsaisur.forumotion.com/t547p50-pino-desde-semilla
Reparem na quantidade de pinus de qualidade à espera de encontrar um dono que lhes dê a individualidade que merecem...
Deixo também o link do blog do Puersbonsai que faz um relato muito interessante sobre as técnicas utilizadas no crescimento deste pinus.
http://puersbonsai.blogspot.com/2007/12/pino-desde-semilla.html
Divirtam-se com a leitura! Bom fim de semana!
A propósito das técnicas de Taisho-en (que afinal não são exclusivas de lá) que foram referidas no início deste tópico encontrei um post muito interessante no Bonsaisur sobre o tema.
Espero que o Nuno não leve a mal usar o seu tópico para acrescentar esta peça ao puzzle.
Aqui fica o link:
http://bonsaisur.forumotion.com/t547p50-pino-desde-semilla
Reparem na quantidade de pinus de qualidade à espera de encontrar um dono que lhes dê a individualidade que merecem...
Deixo também o link do blog do Puersbonsai que faz um relato muito interessante sobre as técnicas utilizadas no crescimento deste pinus.
http://puersbonsai.blogspot.com/2007/12/pino-desde-semilla.html
Divirtam-se com a leitura! Bom fim de semana!
Rui Fernandes- Mensagens : 296
Data de inscrição : 26/10/2009
Re: Pinus Sylvestris #1
Viva Rui!
Não há qualquer problema em colocares estes links neste tópico porque até tem tudo a ver com aquilo que tem sido falado antes.
Eu já conhecia este trabalho da bonsaisur e fiquei muito impressionado com o desenvolvimento brutal da planta.
É interessante ver que segundo o "puersbonsai" este pinheiro desenvolveu muito mais do que outros aos quais ele aplicou as mesmas técnicas na altura. Segundo ele, esta diferença no desenvolvimento deveu-se ao facto de terem nascido duas alfarrobeiras no vaso onde ele tinha o pinus. Ele resolveu deixá-las a crescer no vaso porque, como as alfarrobeiras são leguminosas, têm a propriedade de fixar nitrogénio no solo através da simbiose entre as suas raízes e as cianobactérias. Ele pensa que o crescimento espectacular deste pinus deveu-se em parte à acção das alfarrobeiras na fixação do nitrogénio e isto é muito interessante porque esta técnica tem sido utilizada na agricultura há muito tempo. É comum, por exemplo, nos sobreirais plantar-se leguminosas como modo de enriquecer o solo e potenciar o crescimento dos sobreiros.
Não há qualquer problema em colocares estes links neste tópico porque até tem tudo a ver com aquilo que tem sido falado antes.
Eu já conhecia este trabalho da bonsaisur e fiquei muito impressionado com o desenvolvimento brutal da planta.
É interessante ver que segundo o "puersbonsai" este pinheiro desenvolveu muito mais do que outros aos quais ele aplicou as mesmas técnicas na altura. Segundo ele, esta diferença no desenvolvimento deveu-se ao facto de terem nascido duas alfarrobeiras no vaso onde ele tinha o pinus. Ele resolveu deixá-las a crescer no vaso porque, como as alfarrobeiras são leguminosas, têm a propriedade de fixar nitrogénio no solo através da simbiose entre as suas raízes e as cianobactérias. Ele pensa que o crescimento espectacular deste pinus deveu-se em parte à acção das alfarrobeiras na fixação do nitrogénio e isto é muito interessante porque esta técnica tem sido utilizada na agricultura há muito tempo. É comum, por exemplo, nos sobreirais plantar-se leguminosas como modo de enriquecer o solo e potenciar o crescimento dos sobreiros.
...
Rui,
Está claro que as técnicas não são originárias de Taisho-En, dai ter escrito entre aspas > "ao estilo de Taisho-En" e quando digo isto, é apenas devido a Taisho-En ser um dos melhores viveiros a nivel de producção de material Shohin, Juniperos e Pinus no Japão e obviamente tendo em conta que a maior parte dessas técnicas e muitas outras são utilizadas lá
Abraço,
Está claro que as técnicas não são originárias de Taisho-En, dai ter escrito entre aspas > "ao estilo de Taisho-En" e quando digo isto, é apenas devido a Taisho-En ser um dos melhores viveiros a nivel de producção de material Shohin, Juniperos e Pinus no Japão e obviamente tendo em conta que a maior parte dessas técnicas e muitas outras são utilizadas lá
Abraço,
Re: Pinus Sylvestris #1
Aqui está um actualização deste pinus depois de ir à aula com o Rui Ferreira e terminada a primeira estilização. Ainda há muito que trabalhar, nomeadamente alguns ramos serão reduzidos e reconstruídos com a nova rebentação que apresenta. Em Outubro será transplantado e no Inverno será todo rearamado para nova remodelação.
Re: Pinus Sylvestris #1
Olá Nuno.
Já está bem diferente daquilo que era não? Embora não seja grande apreciador desta árvore tiro-te o chapéu pelo esforço e pela dedicação.
Com um vaso bem mais pequeno o aspecto da árvore irá melhorar muito mas nesta fase de crescimento é fundamental que seja mesmo assim não é verdade?
O caminho que está a seguir parece-me muito válido e pode ser que resulte em algo agradável. Vai-nos mantendo a par.
Abraço,
Já está bem diferente daquilo que era não? Embora não seja grande apreciador desta árvore tiro-te o chapéu pelo esforço e pela dedicação.
Com um vaso bem mais pequeno o aspecto da árvore irá melhorar muito mas nesta fase de crescimento é fundamental que seja mesmo assim não é verdade?
O caminho que está a seguir parece-me muito válido e pode ser que resulte em algo agradável. Vai-nos mantendo a par.
Abraço,
Rui Fernandes- Mensagens : 296
Data de inscrição : 26/10/2009
Re: Pinus Sylvestris #1
Olá Nuno,
é um óptimo projecto para aprender. Tenho vários assim também. Nunca irão ser "aqueles" Bonsai mas aprendemos imenso com eles e dão-nos muito gozo e mesmo sabendo que nunca irão ser de 1ª categoria criamos uma ligação bem forte com eles.
Uma questão relativamente aos próximos passos. Mexeste agora (já pela segunda vez este ano salvo erro) e dizes que vais transplantar em Outubro e aramar novamente no Inverno. Não serão muitos passos para um pinus num só ano? Com outras espécies não tenho esse receio, mas com pinus tento desacelerar a mente.
Cmpts.
Nelson
é um óptimo projecto para aprender. Tenho vários assim também. Nunca irão ser "aqueles" Bonsai mas aprendemos imenso com eles e dão-nos muito gozo e mesmo sabendo que nunca irão ser de 1ª categoria criamos uma ligação bem forte com eles.
Uma questão relativamente aos próximos passos. Mexeste agora (já pela segunda vez este ano salvo erro) e dizes que vais transplantar em Outubro e aramar novamente no Inverno. Não serão muitos passos para um pinus num só ano? Com outras espécies não tenho esse receio, mas com pinus tento desacelerar a mente.
Cmpts.
Nelson
Nelson Lopes- Mensagens : 120
Data de inscrição : 15/10/2010
Idade : 50
Localização : Sintra
Re: Pinus Sylvestris #1
Viva.
Na realidade, apenas lhe mexi uma vez este ano, já que os outros cortes foram feitos em Setembro passado. Esta planta tem sido muito vigorosa no crescimento e tem respondido muito bem às intervenções. Pela saúde que tem apresentado penso que irá aceitar bem o transplante no Outono, já que é a melhor altura para transplantar os pinus sylvestris no nosso clima, segundo o Rui Ferreira, aproveitando a grande actividade radicular que acontece nesse período.
Obviamente que a nova remodelação apenas será feita se a planta recuperar bem do transplante, mas como penso mexer-lhe apenas no período de inactividade invernal, as perdas de seiva são minimizadas e os danos para a planta serão mínimos. Além disso, a intervenção passará mais por reduzir alguns ramos, aproveitando os novos brotos que se irão desenvolver agora, reposicionando-os, já que não estão previstas grandes torções nesse período.
Entretanto, muita papinha para ir ganhando força até lá.
Na realidade, apenas lhe mexi uma vez este ano, já que os outros cortes foram feitos em Setembro passado. Esta planta tem sido muito vigorosa no crescimento e tem respondido muito bem às intervenções. Pela saúde que tem apresentado penso que irá aceitar bem o transplante no Outono, já que é a melhor altura para transplantar os pinus sylvestris no nosso clima, segundo o Rui Ferreira, aproveitando a grande actividade radicular que acontece nesse período.
Obviamente que a nova remodelação apenas será feita se a planta recuperar bem do transplante, mas como penso mexer-lhe apenas no período de inactividade invernal, as perdas de seiva são minimizadas e os danos para a planta serão mínimos. Além disso, a intervenção passará mais por reduzir alguns ramos, aproveitando os novos brotos que se irão desenvolver agora, reposicionando-os, já que não estão previstas grandes torções nesse período.
Entretanto, muita papinha para ir ganhando força até lá.
Re: Pinus Sylvestris #1
Olá Nuno,
o.k. obrigado pelos esclarecimentos.
Desta forma concordo que não deverá haver grandes problemas. Quanto ao transplante no Outono eu cada vez mais sou adepto desta altura já que o risco de haver mudanças de tempertura bruscas (como possível em Fev/Mar) é muito inferior.
E não apenas para os pinus. Entretanto já fiz com várias espécies e todas se deram lindamente. Assim também é uma forma de dividir a carga de tranplantes por dois periodos do ano especialmente quando a colecção não para de crescer
Quanto ao pinus no entanto eu faço ligeiramente diferente. Ao contrário de espécies folhosas não reduzo a ramagem no transplante. Li e ouvi em diversos sítios e por diversas pessoas mais experientes com pinus que a ramagem até ajuda a criar novas raízes. Tu dizes que vais transplantar e possivelmente reduzir posteriormente (se tiver reagido bem ao transplante). Só que o desenvolviimento radicular não é muito fácil de acompanhar...
Com pinus eu tenho feito da seguinte forma e tem resultado bem: se for para transplantar no Outono faço as podas de manutenção em Janeiro/inicio de Fevereiro (anterior). Se planear fazer o transplante em Fev/Mar reduzo os ramos em Dez/início de Janeiro. Ou seja: as podas sempre antes dos transplantes e como tu bem dizes no periodo em que as perdas de seiva são quase nulas.
Concordo plenamente com o Rui Ferreira: para pinus prefiro a primeira variante.
o.k. obrigado pelos esclarecimentos.
Desta forma concordo que não deverá haver grandes problemas. Quanto ao transplante no Outono eu cada vez mais sou adepto desta altura já que o risco de haver mudanças de tempertura bruscas (como possível em Fev/Mar) é muito inferior.
E não apenas para os pinus. Entretanto já fiz com várias espécies e todas se deram lindamente. Assim também é uma forma de dividir a carga de tranplantes por dois periodos do ano especialmente quando a colecção não para de crescer
Quanto ao pinus no entanto eu faço ligeiramente diferente. Ao contrário de espécies folhosas não reduzo a ramagem no transplante. Li e ouvi em diversos sítios e por diversas pessoas mais experientes com pinus que a ramagem até ajuda a criar novas raízes. Tu dizes que vais transplantar e possivelmente reduzir posteriormente (se tiver reagido bem ao transplante). Só que o desenvolviimento radicular não é muito fácil de acompanhar...
Com pinus eu tenho feito da seguinte forma e tem resultado bem: se for para transplantar no Outono faço as podas de manutenção em Janeiro/inicio de Fevereiro (anterior). Se planear fazer o transplante em Fev/Mar reduzo os ramos em Dez/início de Janeiro. Ou seja: as podas sempre antes dos transplantes e como tu bem dizes no periodo em que as perdas de seiva são quase nulas.
Concordo plenamente com o Rui Ferreira: para pinus prefiro a primeira variante.
Nelson Lopes- Mensagens : 120
Data de inscrição : 15/10/2010
Idade : 50
Localização : Sintra
Re: Pinus Sylvestris #1
Nelson Lopes escreveu:Assim também é uma forma de dividir a carga de tranplantes por dois periodos do ano especialmente quando a colecção não para de crescer
Como eu te compreendo...
Como isto ainda falta muito tempo, até pode ser que não faça logo a poda e remodelação no próximo inverno. Isto são previsões de trabalho, mas posso seguir pelo que estás a dizer.
Abraço,
Re: Pinus Sylvestris #1
Com os Pinus é preciso ter bastante paciência, dizem os entendidos que as técnicas aplicada hoje só teram resultados na proxíma época.
Eu tenho vários e por algumas vezes em alguns menos bons, aplico técnicas não aceitáveis e tenho tido sempre bons resultados, tipo estilizar um com 6 meses após o yamadori ou cortar ramos pela metade e surgir rebentos atrás. Claro que se fossem árvores com muito potencial eu nem tentaria-o fazer, preferia esperar pela altura certa.
No teu Pinus não me agrada o facto de o 1º ramo ser da mesma grossura da do tronco principal, acho que a eliminação dele ia favorecer a árvore.
Eu tenho vários e por algumas vezes em alguns menos bons, aplico técnicas não aceitáveis e tenho tido sempre bons resultados, tipo estilizar um com 6 meses após o yamadori ou cortar ramos pela metade e surgir rebentos atrás. Claro que se fossem árvores com muito potencial eu nem tentaria-o fazer, preferia esperar pela altura certa.
No teu Pinus não me agrada o facto de o 1º ramo ser da mesma grossura da do tronco principal, acho que a eliminação dele ia favorecer a árvore.
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