Olea Shohin - deitar abaixo e refazer...

Boa tarde a todos.

Apresento aqui um pequeno projecto que já está comigo há algum tempo e que alguns de vós já conhecem de outras paragens.

Esta árvore foi comprada em Agosto de 2008 e desde logo tive a intenção de aproveitar aquele pedaço de madeira morta no desenho final. O grande problema estava na desordem da construção da copa que mais parecia um arbusto de jardim, repleto de ramos cruzados e um sem número de "vicios" que me desagradavam por completo.





Em conversa com o Pedro Almeida e o Paulo Câmara, num dos nossos encontros, chegamos à conclusão que seria mais fácil deitar tudo abaixo e recomeçar de novo. Decisão difícil e radical para mim na altura. Mas assim fizemos e ao mesmo tempo coloquei a árvore num solo mais drenante e "arejado". Antes disso ainda experimentamos trabalhar um pouco a madeira morta e ver como se poderia incorporar na árvore.




Chegamos à conclusão que precisavamos de baixar a árvore e provavelmente o maçaroco de madeira morta não iria casar muito bem com a árvore e acabamos por o reduzir ainda mais com o tempo.



A árvore respondeu muito bem às intervenções e depois de algumas semanas já dava sinais de vida.



A época de crescimento de 2009 não foi tão vigorosa pois realizei o transplante e as raízes ainda não estavam estabelecidas. Sempre esperei que na segunda época (época de crescimento de 2010) ela se desenvolvesse em pleno. E assim tem sido. Está de facto a crescer muito e os novos rebentos têm aparecido nos sítios certos. O ramo de sacríficio irá ajudar a fechar corte e dar maturidade à casca dos ramos.




De outro ângulo perspectivando a madeira morta.


Penso que dentro de dois anitos irá ficar apresentável. Ainda não sei se irei integrar a imagem com a madeira morta pois o ângulo em que ela não aparece agrada-me mais pela fluidez e o dinamismo na primeira secção do tronco. O ramo da esquerda mais baixo que o da direita pretende acentuar o movimento da planta para a esquerda e penso que quando começar a compactar irá ficar com uma imagem bem agradável.

Relembro que este processo leva quase dois anos e o que aqui aparece está muito resumido. Não queria que ignorassem o factor tempo...

Abraço

olá Rui*
já não via esta olea á muito tempo
e sem duvida que apesar do pouco tempo que referes a evolução parece-me muito positiva
os meu parabéns pois com a arvore que tinhas estás a extrair algo interessante
também gosto mais da imagem em que a madeira morta está mais escondida
boa continuação e obrigado pela partilha dos teus trabalhos*
1abraço...

Viva Rui.

Pensava que já tinhas a Olea pronta para o Kokufu para o ano!!
Lembro-me dela do Milenar o ano passado, penso que chegaram mesmo a fazer um desenho para ela ou o Pedro Nascimento , eu ou alguém,já não sei bem,lembro-me bem da arvore mas quem fez o desenho é que não .Cada vez acredito mais nos que dizem que o tempo na Net é bastante diferente do tempo nas plantas,mas o melhor desenho acho que foi mesmo esse que fizeram.

Bota..Mais de dois anos para fazer a ramificação bem feita...Por vezes as arvores de menor dimenção demoram muito mais tempo para fazer a ramificação bem feita que as maiores.E para ficar bem atraente.

Bom vai mostrando os trabalhos de ramificação de vez em quando.Que essa arvore é quase como uma velha amiga.

Cumprimentos daqui da Peninsula de Sagres.

Dizem os cientistas que a Olea Europaea Sylvestre é originária da Ilha da Madeira,e que a Continental veio da Europaea Afra.(Se é verdade?)
De qualquer das maneiras trata bem dela.
Saude

Olá Pedro e Sousa!

Oh Sousa, é preciso aparecerem umas oleas para te "ouvir a voz"! Benvindo!

Pois lembras-te bem sim senhor! O "desenho" fui eu que o fiz. Tão mau que foi essa a razão pela qual nunca mais me meti a fazer virtuais...

Pois quando se fala em Oleas pensa-se logo em crescimento ultra rapido e trabalho acabado num piscar de olhos mas não é bem assim. A constante luta para construir ramificação e encontrar o equilíbrio no diâmetro dos ramos faz com que demore um pouco mais. E se aliarmos a isso a tentativa de reduzirmos o tamanho da folha...

Esta pequena está nessa fase e enquanto o ramo de sacrificio não fizer a sua função dificilmente a imagem irá evoluir para algo mais definitivo e agradável. Conto que este ano ela cresça muito pois tenho tido muita atenção no cultivo. A ver vamos...


Abraço

Viva Rui!

Também conheço bem esta pequena olea !

Acho que tomaste a decisão acertada, agora é um processo como referes, lento e de paciência de "corta e volta acrescer", para conseguires compactar toda a árvore!

Gostei da forma como está a ficar a árvore!

Continuação de bom projecto!