[i]Acer Campestre[/i]
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[i]Acer Campestre[/i]
Este bordo está comigo há cerca de dez anos. Era uma árvore de 2 metros.
Foi drasticamente encurtada, formou copa, não gostei dela, eliminei-a e agora está com um aspecto mais do meu agrado. No próximo Inverno vou fazer uma selecção dos ramos para garantir uma copa perfeita no próximo ano.[img][/img]
Foi drasticamente encurtada, formou copa, não gostei dela, eliminei-a e agora está com um aspecto mais do meu agrado. No próximo Inverno vou fazer uma selecção dos ramos para garantir uma copa perfeita no próximo ano.[img][/img]
Vladimiro Silva- Mensagens : 23
Data de inscrição : 17/05/2010
Re: [i]Acer Campestre[/i]
Viva !
Term uma foto desta árvore sem folhas, no Inverno? Gostava de ver a estrutura de ramos!
Na zona do nebari parece haver alguma conicidade inversa e algumas raízes aéreas, está a pensar resolver esses aspectos menos positivos?
Term uma foto desta árvore sem folhas, no Inverno? Gostava de ver a estrutura de ramos!
Na zona do nebari parece haver alguma conicidade inversa e algumas raízes aéreas, está a pensar resolver esses aspectos menos positivos?
Ao Mário
Esta copa é deste ano. No Inverno passado eu cortei todos os ramos porque não me agradavam.
O nebari no seu conjunto tem uma raizes que partem de muito alto mas que eu achei por bem deixar enquanto a própria árvore não me der indicações quanto ao caminho a seguir.
Entretanto aceito e considero todas as sugestões. Cump. Vlad.
O nebari no seu conjunto tem uma raizes que partem de muito alto mas que eu achei por bem deixar enquanto a própria árvore não me der indicações quanto ao caminho a seguir.
Entretanto aceito e considero todas as sugestões. Cump. Vlad.
Vladimiro Silva- Mensagens : 23
Data de inscrição : 17/05/2010
Re: [i]Acer Campestre[/i]
olá Vladimiro,
gosto muito desta variedade de acer obrigado pela partilha e boa continuação para este campestre
Mário,qual a tua ideia para resolver esses dois aspectos menos positivos que referiste?
não axas que ao eliminar essas raizes aéreas,a tal conicidade inversa do tronco que falas não vai almentar mais ao observador?o que tu farias?
abrçs...
gosto muito desta variedade de acer obrigado pela partilha e boa continuação para este campestre
Mário,qual a tua ideia para resolver esses dois aspectos menos positivos que referiste?
não axas que ao eliminar essas raizes aéreas,a tal conicidade inversa do tronco que falas não vai almentar mais ao observador?o que tu farias?
abrçs...
Re: [i]Acer Campestre[/i]
Viva!
Eu faria um alporque precisamente uns 7 cms acima do limite do solo, onde o tronco tem as ultimas raízes aéreas, ganhava um nebari muito melhor e uma proporcionalidade muito mais convincente, acho que neste momento o tronco está um pouco longo para a árvore.
Tendo em conta a espécie, o alporque é uma operação bastante simples e rápida.
Eu faria um alporque precisamente uns 7 cms acima do limite do solo, onde o tronco tem as ultimas raízes aéreas, ganhava um nebari muito melhor e uma proporcionalidade muito mais convincente, acho que neste momento o tronco está um pouco longo para a árvore.
Tendo em conta a espécie, o alporque é uma operação bastante simples e rápida.
Nebari
Eu aceito e agradeço todas as sugestões mas quanto à estética de uma árvore eu vou mais pela escola Walter Pall. Uma árvore para ser bonita não terá obrigatoriamente de se encaixar nos cânones japoneses. Walter Pall não usa os palavrões técnicos vindos do Japão para definir ou condicionar os passos que dá. Simplesmente a árvore tem de agradar aos nossos olhos. Quanto à sugestão do Mário eu não acho o tronco muito comprido. Está na medida para o tamanho de bonsai que eu procuro. Se eu fizer o tal alporque o tronco fica muito curto; se eu retirar a raiz que está alta o tronco perde espessura no seu aspecto. Mas eu posso amanhã começar a pensar de modo diferente. Por isso todas as sugestões serão bem vindas e tidas em apreço. Obr. Vlad.
Vladimiro Silva- Mensagens : 23
Data de inscrição : 17/05/2010
Re: [i]Acer Campestre[/i]
Viva!
Eu também sou defensor em parte da corrente naturalistic e tento modelar muitas das minhas árvores de acordo com essa corrente, mas é preciso distinguir naturalistic de naturalista, o Sr. Pall não deixa as árvores dele crescer livres e fazerem o que lhes apetecer , mas sim modela-as por vezes com grandes podas para parecerem árvore adultas no seu meio natural, o que no fundo é a essência da escola Japonesa Por vezes quando vejo alguém dizer que não existem pinus ou juniperus assim tão "penteadinhos" na natureza é porque simplesmente essa pessoas nunca fizeram uma caminha em alguns meios selvagens ondem crescem as espécies que falei e quem diz essas espécies, diz muitas outras!
Nem de prepósito que o Vladimiro mencionou a questão naturalista , pois o sr. Pall, ontem publicou no seu blog http://walter-pall-bonsai.blogspot.com/2010/07/interview-with-wp-on-braziolian-blog.html uma entrevista que pode ser lida em Portugués !? e onde é explicada de forma pertinente a questão do "naturalistic".
Passo a transcrever com os devidos direitos aos seus autores;
Sua bandeira do naturalistic tem agradado muitas pessoas e ajudado numa visão diferente em plantas nativas de várias localidades e auxiliado a “fugir” da utilização total das regras tradicionais japonesas, mas até que ponto isso é válido? Crê que o ideal seria uma mistura harmônica das duas escolas?
Pall: É uma mistura de ambas as escolas, de fato. Se fosse realmente um bonsai natural seria chamado de "Natural Bonsai Style '. Mas ele é chamado de "Naturalistc Bonsai Style' porque só aparece natural.
Você poderia dizer quais características são mais visíveis para identificar num bonsai um naturalistic bem executado?
Pall: Se as pessoas pensam que a árvore foi encontrada assim na natureza. Você não vê as marcas dos homens. Você não vê que a forma é feita pelo homem. Você acredita que a natureza fez tudo isso.
Sr. Pall, eu gostaria de saber se você acha que o naturalistic se enquadra em uma nova escola ou uma linha de pensamento, um estilo próprio?
Pall: Creio que existem vários estilos que estão presentes em paralelo: clássica japonesa, penjing, japonês moderno, moderno estilo ocidental clássica, o estilo naturalista, estilo escultural, estilo Bunjun etc. Eu thas de notar tha eu al desses estilos mim. Nem todos os meus bonsai são naturalistas.
Vejamos , a sua árvore neste momento tem uma forma demasiado triangular, mais parecida a uma conifera do que a uma folhosa, conheçendo o ácer campestre no seu estado natural, diria que ele não cresce assim com essa forma! Depois temos a questão das raízes, o objectivo é fazer parecer que este ácer campestre é uma árvore frondosa de muita idade!Hora as árvores centenárias ou lá próximo, tendem a cria um nebari sustentado e portentoso, que lhe permita suportar as agruras do clima e que lhes permitirá a longevidade desejada, nessa sua caminhada tendem a descartar esse tipo de raízes aéreas (note-se que não estamos a falar duma ficus mas sim dum ácer!) direccionando a energia para as raízes que melhor estão ancoradas ao solo. Não conheço nenhuma folhosa que tenha um comportamento semelhante ao que quer fazer passar, tirando os casos bem claros de Neagari, mas onde a questão das raízes expostas é bem evidente e onde há um grupo de raízes grossas e não um tronco com 1 primeiro nebari no solo e depois 2 ou 3 raízes penduradas!
Essas raízes existem aí, não por causas "naturais", mas sim em resultado do transplante que efectuou quando tirou a planta do vaso de viveiro. Normalmente acontece sempre isso, pois nos viveiros com o sucessivo aumento de tamanho dos "vasos" nos transplantes, as árvores vão ganhando novas raízes mais acima do nebari primário com a subida do nível do solo.
Por favor não me interprete mal, apenas tento fazer ver que não devemos fazer passar a ideia de que os defeitos graves das plantas são "naturalistic" e não defeitos efectivos. Há uma certa tendência a desculpar os defeitos com a questão naturalista.
Em toda a colecção sobejamente conhecida do Sr. Pall não encontra uma única folhosa com este artificio "naturalistic" (Raízes aéreas sobrepostas ao verdadeiro nebari)!
Eu também sou defensor em parte da corrente naturalistic e tento modelar muitas das minhas árvores de acordo com essa corrente, mas é preciso distinguir naturalistic de naturalista, o Sr. Pall não deixa as árvores dele crescer livres e fazerem o que lhes apetecer , mas sim modela-as por vezes com grandes podas para parecerem árvore adultas no seu meio natural, o que no fundo é a essência da escola Japonesa Por vezes quando vejo alguém dizer que não existem pinus ou juniperus assim tão "penteadinhos" na natureza é porque simplesmente essa pessoas nunca fizeram uma caminha em alguns meios selvagens ondem crescem as espécies que falei e quem diz essas espécies, diz muitas outras!
Nem de prepósito que o Vladimiro mencionou a questão naturalista , pois o sr. Pall, ontem publicou no seu blog http://walter-pall-bonsai.blogspot.com/2010/07/interview-with-wp-on-braziolian-blog.html uma entrevista que pode ser lida em Portugués !? e onde é explicada de forma pertinente a questão do "naturalistic".
Passo a transcrever com os devidos direitos aos seus autores;
Sua bandeira do naturalistic tem agradado muitas pessoas e ajudado numa visão diferente em plantas nativas de várias localidades e auxiliado a “fugir” da utilização total das regras tradicionais japonesas, mas até que ponto isso é válido? Crê que o ideal seria uma mistura harmônica das duas escolas?
Pall: É uma mistura de ambas as escolas, de fato. Se fosse realmente um bonsai natural seria chamado de "Natural Bonsai Style '. Mas ele é chamado de "Naturalistc Bonsai Style' porque só aparece natural.
Você poderia dizer quais características são mais visíveis para identificar num bonsai um naturalistic bem executado?
Pall: Se as pessoas pensam que a árvore foi encontrada assim na natureza. Você não vê as marcas dos homens. Você não vê que a forma é feita pelo homem. Você acredita que a natureza fez tudo isso.
Sr. Pall, eu gostaria de saber se você acha que o naturalistic se enquadra em uma nova escola ou uma linha de pensamento, um estilo próprio?
Pall: Creio que existem vários estilos que estão presentes em paralelo: clássica japonesa, penjing, japonês moderno, moderno estilo ocidental clássica, o estilo naturalista, estilo escultural, estilo Bunjun etc. Eu thas de notar tha eu al desses estilos mim. Nem todos os meus bonsai são naturalistas.
Vejamos , a sua árvore neste momento tem uma forma demasiado triangular, mais parecida a uma conifera do que a uma folhosa, conheçendo o ácer campestre no seu estado natural, diria que ele não cresce assim com essa forma! Depois temos a questão das raízes, o objectivo é fazer parecer que este ácer campestre é uma árvore frondosa de muita idade!Hora as árvores centenárias ou lá próximo, tendem a cria um nebari sustentado e portentoso, que lhe permita suportar as agruras do clima e que lhes permitirá a longevidade desejada, nessa sua caminhada tendem a descartar esse tipo de raízes aéreas (note-se que não estamos a falar duma ficus mas sim dum ácer!) direccionando a energia para as raízes que melhor estão ancoradas ao solo. Não conheço nenhuma folhosa que tenha um comportamento semelhante ao que quer fazer passar, tirando os casos bem claros de Neagari, mas onde a questão das raízes expostas é bem evidente e onde há um grupo de raízes grossas e não um tronco com 1 primeiro nebari no solo e depois 2 ou 3 raízes penduradas!
Essas raízes existem aí, não por causas "naturais", mas sim em resultado do transplante que efectuou quando tirou a planta do vaso de viveiro. Normalmente acontece sempre isso, pois nos viveiros com o sucessivo aumento de tamanho dos "vasos" nos transplantes, as árvores vão ganhando novas raízes mais acima do nebari primário com a subida do nível do solo.
Por favor não me interprete mal, apenas tento fazer ver que não devemos fazer passar a ideia de que os defeitos graves das plantas são "naturalistic" e não defeitos efectivos. Há uma certa tendência a desculpar os defeitos com a questão naturalista.
Em toda a colecção sobejamente conhecida do Sr. Pall não encontra uma única folhosa com este artificio "naturalistic" (Raízes aéreas sobrepostas ao verdadeiro nebari)!
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